domingo, 27 de junho de 2010

observador inerte

















*enquanto a lua se desfaz*

vai minha menina
desarma o karma
não tem mais jeito não
o céu desandou
a enseada raiou

e aquela pedra
que não cantou
você nem passou
eu olhando
olhando
você passou

sozinho no carro
pensando que ali
minha ilusão desarmou
o espelho partiu

foi o meu céu que abriu

segunda-feira, 21 de junho de 2010

caminhos de rato


























e tudo se volta contra ele
de um desperdício de teto
veto! tudo por causa de uma dor
maior do que seu peito
delirante dor
dói no estômago
dói no peito


tudo parece pouco
de fascinate a decepcionante
do árido
flores broxantes

as luzes apagam e se apagam
a estrada que não leva a mais nada

ali
onde jazia a esperança
ele espreita a dor
na dor
sua última chance de esperança

ele e nada dele

terça-feira, 1 de junho de 2010

exorciso me de ti















comecei a escrever
para pedir perdão
por evocar em ti
enfim
o que não me tem razão
de ti o que não me presta
de mim, aquilo o que não resta
escrevo, delineo
mesmo sabendo
que de ti daí
nem mesmo
um sim-ples não



quero estancar
sem te pedir perdão
***

de quem te vê cada dia maior