quarta-feira, 17 de novembro de 2010

De improviso para o incerto (ou, resposta a(o) pessoa)

a tudo que me entrego
daquilo que é incerto
sei desse subjetivo
um mole tão concreto

amo-o e tenho medo
tenho medo desses mares
tenho medo das correntes
amo e desdenho o incerto


o tempo me ocupou
o espaço se tomou

e então
o vento me levou

não sei porque
ainda não sei pra onde

vagueio

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

se me deixas em paz

insegurança
me segura
que eu não quero cair

a confiança passou por aqui
me enrolou pelo pé
e disse que não posso mais

pelo visto vou sair
me distrair
até te querer mais

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

todos diziam que era medo















quero casar-me com o vento
mesmo que seja pra contrariá-lo

na esquina
ao me ver passar
não repare
me prontei pra você

pronto
pra mais que um
-te amo-

pronto pra me deixar levar
mesmo que nenhum lugar

segunda-feira, 8 de novembro de 2010