
Quando as luzes diminuem parece que algo lhe surge à mente.
"Por que ser tão masoquista? Seria possível?
- Bons tempos para uma mudança"... - pensa ainda na penumbra.
Sua voz emudeceu, mas ainda assim conseguia manter-se em pé. Com suas últimas forças, ao mesmo tempo em que não sabia ao certo se falava sinceramente, disse uma última vez: "por favor, deixe-me".
Tinha medo dessa frase, uma vez que aquilo que pretendia abandonar fora sua glória e seu pior fracasso
- Por favor, deixe-me...
No entanto, noites sem fim sonha em poder ter aquilo que ama e odeia, embora já não saiba ao certo o porquê que ama e odeia essa patologia que fortalece ao mesmo tempo em que rouba a lucidez.
- Por favor, de uma vez por todas, deixe-me. Diz engasgando.
Não há mais forças para lidar com esse monstro imaginário tão sedutor, tão destruidor... que promete tanto, mas que foge ao abrir dos olhos. Companheiro das noites insones cobra tão caro por suas ilusões criadas sobre contos infanto-juvenis. Tudo já lhe fora entregue, porém ainda quer mais, mas já não há de onde tirar, o que restou quase não permite rastrear o que outrora existiu.
- Uma vez em minha vida, deixe-me...
Tão gentilmente como lhe é possível ser, junta os cacos de sua última discussão, guarda para outra hora seus afazeres, apaga a última luz e espera para que seu pedido seja aceito. Adormecendo, deseja que tal mudança se concretize e que seu doce e triste sentimento onírico possa ir-se de uma vez por todas... Prestes a perder à consciência uma voz lhe sussurra: "E se eu for, o que você fará"?
"Por que ser tão masoquista? Seria possível?
- Bons tempos para uma mudança"... - pensa ainda na penumbra.
Sua voz emudeceu, mas ainda assim conseguia manter-se em pé. Com suas últimas forças, ao mesmo tempo em que não sabia ao certo se falava sinceramente, disse uma última vez: "por favor, deixe-me".
Tinha medo dessa frase, uma vez que aquilo que pretendia abandonar fora sua glória e seu pior fracasso
- Por favor, deixe-me...
No entanto, noites sem fim sonha em poder ter aquilo que ama e odeia, embora já não saiba ao certo o porquê que ama e odeia essa patologia que fortalece ao mesmo tempo em que rouba a lucidez.
- Por favor, de uma vez por todas, deixe-me. Diz engasgando.
Não há mais forças para lidar com esse monstro imaginário tão sedutor, tão destruidor... que promete tanto, mas que foge ao abrir dos olhos. Companheiro das noites insones cobra tão caro por suas ilusões criadas sobre contos infanto-juvenis. Tudo já lhe fora entregue, porém ainda quer mais, mas já não há de onde tirar, o que restou quase não permite rastrear o que outrora existiu.
- Uma vez em minha vida, deixe-me...
Tão gentilmente como lhe é possível ser, junta os cacos de sua última discussão, guarda para outra hora seus afazeres, apaga a última luz e espera para que seu pedido seja aceito. Adormecendo, deseja que tal mudança se concretize e que seu doce e triste sentimento onírico possa ir-se de uma vez por todas... Prestes a perder à consciência uma voz lhe sussurra: "E se eu for, o que você fará"?
Obrigada.
ResponderExcluiré, rei, é elgante saber [deixar] partir...
ResponderExcluirAh, e que foto, heim?
ResponderExcluirValeu, Araga!! E obrigado, mocinha anônima!
ResponderExcluirDeixar ir, ao fim, é elegante, porém extremamente doloroso e nem sempre conseguimos deixar ir apenas por nossas forças...
Essa foto tb gosto muito dela: simples, mas que pode dizer muito! Te dou um doce se vc descobrir como a tirei (ela não possui tratamento nenhum!!
Abração e goodspeed!!
Ó... Falou a voz da experiência....
ResponderExcluirBom texto bródi.
Valeu, Irmãzinha!
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