quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nas Margens do Rio Branco (ou Nas Costas de Pedro Costa) (ou ainda, Branco que te quero branco, tapioca)















é aqui que me desvencilho
de tudo que acredito
de tudo que tem dito

imagina se da dor

desliga o rádio
embalo o cinema
abafo o amor
amontôo e já de canto
tudo de ranço
a flor
o amor

do improvável
só me apego a sorte


assim
espero do concreto
incorporar-me de todo reto

isso, não se esqueça do resto
que como um direto
te arrebatou

encaixoto-o, amor
rio
veja que já passou
e logo passo
nú e desnudo
crú
crú
nu rio

2 comentários:

  1. minhas notas diziam que esse texto deveria se chamar "Para as mais finas e densas estampas". Acho que ficaria mais bonito.

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