Quando os sons das palavras não
ditas me impelem às linhas um sussurro se faz presente: aceite o que é bom...
Às vezes é tão difícil se ater a
isso...
Mas então me lembro daqueles
grandes, redondos e manhosos olhos tão lindos pedindo por atenção... Nada
parece mais óbvio. Minha mão está estendida e a decisão tomada. Não é algo para
se arrepender ou que demande um grande esforço ou valor a ser pago, basta
permitir-se. Mas ainda assim, é um caminho complicado até esse ponto do
permitir-se.
Muitas pessoas se escondem atrás
de uma imagem que desejam transmitir ou em suas obrigações como bom
funcionário, pessoa ética e moral. Pontualidades tão vazias quando se percebe
do tanto de possibilidades atraentes que perdemos sendo belas estátuas de
mármore. Como ser desejado quando não se valoriza e deseja a si
próprio? Aceite o que é bom... O que
é bom não demanda padrões, não escolhe formas, é apenas ofertado. Você consegue
ver minha mão? Estou aqui mesmo quando de sua desatenção, tête-en-l’air!
Se te ofereço isso por um lado,
não espere que eu seja algo que não me é possível ser, que me sufoque ou que
não permita meus e seus sonhos. Quais são as cores dos seus? Eu estou neles? Disseram
que você deve ter caído do céu, será? Eu lhe ofereço meu céu, um que nunca
caberá em um quarto e que será seu, se tiver a paciência de pintá-lo com
suas belas cores que me fazem tão bem.
Porque aprendi a aceitar o que é bom, e pra mim, o que é bom é você.
Porque aprendi a aceitar o que é bom, e pra mim, o que é bom é você.
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