terça-feira, 28 de agosto de 2012

Então me lembro daqueles grandes, redondos e manhosos olhos.


Quando os sons das palavras não ditas me impelem às linhas um sussurro se faz presente: aceite o que é bom... 

Às vezes é tão difícil se ater a isso...

Mas então me lembro daqueles grandes, redondos e manhosos olhos tão lindos pedindo por atenção... Nada parece mais óbvio. Minha mão está estendida e a decisão tomada. Não é algo para se arrepender ou que demande um grande esforço ou valor a ser pago, basta permitir-se. Mas ainda assim, é um caminho complicado até esse ponto do permitir-se.

Muitas pessoas se escondem atrás de uma imagem que desejam transmitir ou em suas obrigações como bom funcionário, pessoa ética e moral. Pontualidades tão vazias quando se percebe do tanto de possibilidades atraentes que perdemos sendo belas estátuas de mármore. Como ser desejado quando não se valoriza e deseja a si próprio? Aceite o que é bom... O que é bom não demanda padrões, não escolhe formas, é apenas ofertado. Você consegue ver minha mão? Estou aqui mesmo quando de sua desatenção, tête-en-l’air!

Se te ofereço isso por um lado, não espere que eu seja algo que não me é possível ser, que me sufoque ou que não permita meus e seus sonhos. Quais são as cores dos seus? Eu estou neles? Disseram que você deve ter caído do céu, será? Eu lhe ofereço meu céu, um que nunca caberá em um quarto e que será seu, se tiver a paciência de pintá-lo com suas belas cores que me fazem tão bem.
Porque aprendi a aceitar o que é bom, e pra mim, o que é bom é você. 

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